09-10-2012
A cineasta e diretora, Lais Bodanzky, participou de um bate-papo online sobre “Cinema, emoções e valores” no Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica Vivo.
Nesse chat a cineasta ressalta que é importante trabalhar o cinema como arte e não como material didático, pois “a arte não tem o certo e o errado, mas sim um ponto de vista que vai variar de pessoa para pessoa”.
Laís afirma que para vencer o preconceito que infelizmente ainda existe por parte do próprio educador em trabalhar com um filme em sala de aula, é muito importante que ele, além de gostar de arte, tenha um certo repertório cinematográfico para que possa encantar seus alunos. Este repertório depende 99% da iniciativa do professor, mas a escola também pode colaborar neste processo, adquirindo os equipamentos necessários e disponibilizando um espaço adequado para exibição dos filmes.
Continuando com as atividades do tema 3 do Encontro que tratou o tema “Educação Integral da Educação Digital”, contamos com a participação do jornalista colunista da Folha de S. Paulo, rádio CBN e idealizador do Catraca Livre, Gilberto Dimenstein.
Dimenstein, participou de um chat no dia 14 de setembro falando sobre cidadania, e já de inicio, mandou o primeiro recado dele para os professores “O professor tem de acreditar no potencial do ser humano em se descobrir e mudar o mundo”. Segundo ele “A comunicação vai moldar, como sempre moldou, o papel do professor e da escola. Vivemos no período em que todos são, em algum nível, cidadãos comunicantes”.
Nesses conceitos, Gilberto Dimenstein ressalta a importância das redes sociais e dos celulares. Estes últimos, segundo ele, não podem ser “proibidos” e sim utilizados de forma adequada e educativa.
Finalizando as atividades do tema 3, Tião Rocha, antropólogo, educador popular, folclorista e fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, participou de um debate com os internautas no dia 4 de setembro e abordou as pedagogias sociais no contexto da era digital.
Para Tião Rocha “a matéria prima do processo educacional é a cultura (…) a matéria prima da cultura é o que as pessoas sabem, aquilo que elas fazem e aquilo que elas querem (…) esse é o caminho para produzir a educação.”
O processo educacional só ocorre, segundo Tião com a prática, e no âmbito da comunidade (espaço de convivência), da família (espaço de acolhimento) e da escola, que são considerados espaços estratégicos da construção da cultura, educação e desenvolvimento.
Tião afirma que a educação não precisa ser dolorosa, “a educação pode ser uma experiência lúdica”. Segundo ele “é possível haver educação em todos os espaços e onde todas as crianças aprendam de uma forma agradável”. Tião completa dizendo que o papel dos educadores é construir uma “pedagogia positiva” e, para ele, a melhor pedagogia é aquela que leva todos os alunos a aprendizagem.
Para ver a gravação completa do debate, cadastre-se em:
http://encuentro.educared.org/ e assista na íntegra: http://avirtual.telefonica.es/p19815380/
(Por: Thiciane Ferrinho)