13-06-2013
Quando pensamos em avaliação na área da educação, logo nos vem à cabeça provas e atribuição numérica ou um conceito que nem sempre consideram a evolução e o desenvolvimento do estudante. Em contrapartida desses métodos existem outras formas de acompanhar e ao mesmo tempo auxiliar o aluno a desenvolver o que ele tem dificuldade. Atualmente, já podemos pensar em novas maneiras de avaliar que consigam potencializar o trabalho do professor e do aluno e que dê ferramentas para que seja elaborado um plano de aula direcionado para as necessidades dos alunos.
A consultora pedagógica do Instituto Paramitas, Paloma Epprecht afirma que para ter uma avaliação formativa, o aluno deve estar no centro da avaliação, o mais importante não é o objetivo que foi estabelecido ou o resultado, mas o processo que o aluno está passando. Além disso, em uma avaliação 360 graus, outras pessoas que participam do processo da aprendizagem devem ser envolvidas, como os pais, e é importante uma avaliação que considere o diálogo.
“A aprendizagem precisa ser parte do processo, que é uma construção do aluno, e ele precisa refletir, isso é metaaprendizagem. Poucas vezes o professor dá tempo ao aluno para pensar sobre o que está aprendendo. Avaliação não é prova, não é teste, é muito mais ampla que isso e não tem que ser feita só por meio de um instrumento de avaliação”, considera Paloma.
O método de avaliação deve ser formativo, pois vai além de avaliar o desempenho do aluno, mostra quais competências foram desenvolvidas e diferenciam o aprendizado de cada aluno de acordo com suas habilidades. Para se escolher método de avaliação é necessário analisar alguns fatores como finalidade e objetivos, objeto de avaliação, disciplina, atividade aplicada, ambiente entre outros elementos que podem variar. Com o uso de portfólio o aluno pode organizar seus trabalhos e junto do professor localizar quais foram suas dificuldades e como foi o seu desenvolvimento, servindo também como uma autoavaliação sobre o que ele aprendeu.
Desenvolver indicadores através das rubricas é outra possibilidade de ver como está o desenvolvimento do aluno, inclusive a criação das rubricas pode ser feita em conjunto. A vantagem é que o processo é mais eficiente e permite que os alunos possam avaliar seus próprios trabalhos e que eles entendam a nota que está sendo atribuída.
Usar as TIC no processo de aprendizagem e avalição traz para mais perto as produções dos alunos e promovem a integração e o diálogo. Por meio das TIC os alunos também conseguem registrar o processo de produção. “Eles podem eleger o ambiente em que querem apresentar essas informações, é um lugar de fácil acesso para eles e onde podem registrar as suas dificuldades e conquista e isso não fica mais distante ou morto em outro lugar”, destaca Paloma.
(Por Jussara Caetano)
Paloma Epprecht Machado Chaves é Mestre em Educação: Currículo pela PUC-SP, pedagoga, consultora especialista no uso pedagógico da tecnologia e em avaliação de competências. É membro do conselho consultivo do Instituto Paramitas.