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29-05-2015

Coordenadora pedagógica do Instituto Paramitas fala sobre os desafios da inclusão das TIC na educação

A chegada das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na área educacional traz desafios em relação o modo de ensino e aprendizagem da escola tradicional. Para isso é necessário que a escola reconheça o potencial da tecnologia enquanto ferramenta.

Segundo os indicadores da pesquisa A integração da TIC na escola, indicadores qualitativos e metodologias de pesquisa, realizada a partir de uma parceria entre a Fundação Telefônica e a Organização dos Estados Ibero-americanos, a integração das TIC na escola necessita muito mais do que só computadores e equipamentos tecnológicos nas escolas. Necessita de modelos pedagógicos e currículos que deem significados ao uso das tecnologias de informação e comunicação no ambiente escolar, de acordo com o contexto de cada escola.

A aplicação pedagógica precisa ser planejada para que o uso das tecnologias faça sentido para professores e alunos, uma vez que, as práticas pedagógicas têm a ver como e o que se ensina, levando em conta a importância do planejamento pedagógico destas práticas.

A coordenadora pedagógica do Instituto Paramitas, Heloisa Steffen, relata que a inclusão das tecnologias na educação tem que ser vista como uma ferramenta a trabalho do professor, ela tem de estar invisível, assim como o giz e a lousa. Entretanto, “o problema começa quando a tecnologia está presente na escola, mas em uma sala separada, a parte da sala de aula”, completa.

Heloisa Steffen possui uma extensa experiência como educadora, pois entrou na sala de aula ainda como graduanda. Desde muito cedo na sua carreira teve contato com a tecnologia na educação, atuou como coordenadora e professora de ensino fundamental I e aceitou o convite para aprender a trabalhar com Robótica na sala de aula, ao contrario de muitos professores que resistiram às formações por medo. Pois para ela, o professor resiste ao processo formativo por não ter tempo para acompanhar o desenvolvimento dessas ferramentas tecnológicas que se modificam muito rapidamente.

De acordo com sua experiência como professora, acredita que “a inclusão das TIC é um processo que caminha aos poucos, primeiro o professor toma conhecimento das ferramentas, insere elas na sua rotina até que se aproprie. Para que, finalmente, ele possa fazer a conexão delas com a sala de aula, de modo que entenda a importância dessas ferramentas no seu dia-a-dia e profissionalmente. Ele precisa questionar qual o benefício em aprender algo novo, qual o potencial da ferramenta e como elas poderão ajuda-lo”, afirma.

Conta que além de professora e coordenadora, também trabalhou 10 anos na Escola do Futuro com inclusão digital em escolas de baixo IDH, formando professores para o uso da tecnologia de acordo com a realidade local. A coordenadora pedagógica defende que “a inclusão das tecnologias deve acontecer de modo transdisciplinar, isto é para além da técnica. Deve-se perceber o sujeito que a utiliza. A tecnologia tem de ser usada para que possa ajudar as pessoas de acordo com a realidade de cada um, possibilitando outras percepções das coisas que são realmente importantes na vida do ser humano. E para isso é preciso trabalhar com conceitos, porque a tecnologia muda e se atualiza muito rapidamente”, complementa.  

Heloisa completa enfatizando que hoje não faltam ferramentas para serem trabalhadas na sala de aula, como as que o próprio Instituto Paramitas disponibiliza gratuitamente.

 

Livros Digitas, que segundo ela é um sucesso entre professores e alunos pelo potencial da ferramenta e por ela dar liberdade de criar algo próprio.

Aulas Animadas que disponibiliza jogos para auxiliar na alfabetização dos alunos.

Curta na Escola plataforma que possui curtas-metragens com grande potencial pedagógico, e planos de aula para os professores aplicarem com seus alunos.

Google for Education, para os educadores das redes públicas, que auxiliam no processo ensino-aprendizagem, por meio do uso de aplicativos com foco nos processos educacionais. Entre outras ferramentas disponíveis no site do Instituto Paramitas, confira aqui.

Por Manoela Bueno

 

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